Sempre fui obrigada a acreditar que cabelo bonito é aquele que vemos constantemente na TV – liso e sedoso. E à medida que fui-me tornando adulta e com curiosidade para saber mais sobre os meus antepassados e de tudo um pouco, fui percebo essa “ditadura” contra os nossos cabelos naturais.
Então aí começa a minha “revolta “interior”. Começo por parar de desfrisar e alisar os meus cabelos, passo à transição com o cabelo sempre meio crespo meio liso nas pontas e vou cortando aos poucos. Ao fim de dois anos, por aí, denoto a minha coroa a querer sair e brilhar. Agora, sim, sinto-me eu! Sinto-me menos “acorrentada”, mais bonita..
Adoro o que vejo ao espelho, este cabelo que faz parte de mim e me mostra o quanto a nossa natureza é bela. O meu cabelo não é moda, é o ADN.
Republicou isso em Museu AfroDigital – Estação Portugal.