Ao longo de 5 anos refletimos sobre identidades negras e explorámos as possibilidades da nossa existência na sociedade portuguesa que são muitas mais que aquelas que nos são apresentadas nos media, na literatura e na própria história. Partilhámos percursos individuais e coletivos de pessoas negras e ampliámos os nossos horizontes.
Foram 198 programas que não vamos conseguir revisitar neste último, mas deixamos aqui alguns excertos de entrevistas e momentos que nos fazem lembrar as lutas, os avanços, as reflexões que fomos fazendo ao longo destes anos.
Hoje, terminamos esta fase do projeto com a sensação de ter testemunhado e documentado vidas reais e avanços das lutas diárias de comunidades negras na área da educação, na política, na literatura, no entretenimento e estilo de vida.
As nossas comunidades negras continuarão a ser silenciadas e invisibilizadas sem o testemunho de si mesmas e cabe a nós mantê-lo vivo através da sua documentação nos mais variados formatos.
Depois destes 5 anos de audioblogue, vem o livro com as entrevistas, contextualizações e reflexões pessoais que esperamos estar pronto no próximo ano.
Fiquem atentos porque o projeto não parou, vai apenas entrar noutra fase!
A Afrolis – Associação Cultural continuará a funcionar, a apoiar e a desenvolver iniciativas e projetos. Continuem a seguir as nossas páginas no Facebook e o blogue!!
Agradecimentos:
Herberto Smith, fotógrafo, que colaborou desde os primeiros meses, não apenas com os seus registos fotográficos, mas com a sua generosidade e entrega genuína ao projeto.
Eugénia Costa Quaresma que vinha às reuniões aos domingos com as suas filhas, deu voz a vários poemas e me motivou em diversos momentos de dúvida.
Anabela Rodrigues, diretora do Grupo de Teatro do Oprimido de Lisboa pelo apoio e por me ceder a sala do GTO e por ter proposto diversas parcerias.
Ana Yekenha que realizou reportagens para os programas e criou espaço para que eu divulgasse o projeto no evento TedxLisboa, em 2015.
A produtora Onair que me cedeu os estúdios e apoio técnico durante quase um ano.
Ao músico Mistah Isaac que apoiou a produção de vários programas no seu home studio! Assim, como em conjunto com Jiné Lourenço produziu um dos jingels da Afrolis.
Ao ator Matamba Joaquim que nos ofereceu a sua voz para esse mesmo jingel.
Ao SOS Racismo que me cedeu as suas instalações para reuniões.
Agradeço também aos seguidores do Brasil, em especial que desde o início foram sempre atentos e motivadores!
E claro, aos seguidores de Angola, Moçambique, Guiné Bissau, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde!