Para celebrar o 31 de Julho, dia da Mulher Africana, a PADEMA (Plataforma para o Desenvolvimento da Mulher Africana) realiza, nos dias 29 e 30 de Julho, no Museu de Lisboa, no Palácio Pimenta, no Campo Grande, a III edição da FAMA – Feira da Mulher Africana. Luzia Moniz, presidente da PADEMA, fala-nos sobre o evento.
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Nós Nos Livros: Joaquim Pinto de Andrade – uma quase autobiografia
Eu acho importante ler este livro porque…
Por Adolfo Maria
Joaquim Pinto de Andrade é um dos pioneiros do moderno nacionalismo angolano, por isso sofreu durante treze anos prisões e desterros impostos pelo regime colonial português, ao qual se opôs tenazmente pelas suas acções: consciencializando angolanos sobre os ideais da independência, integrando grupos políticos nacionalistas, desafiando em corajosa atitude os esbirros coloniais quando estava preso, dizendo-lhes olhos nos olhos porque era justa a luta dos angolanos e porque ele, J. P. Andrade, devia estar ao lado do seu povo na luta pela independência de Angola. E, já no país independente, continuou sempre ao lado do povo, afrontando temerariamente a intimidação e a repressão, reclamando contra as injustiças, pugnando pela democracia, sempre digno, sempre coerente, numa exemplar atitude de cidadão.
Sobre ele e o seu combate foi publicado agora um livro Joaquim Pinto de Andrade – uma quase autobiografia . Editado pela “Afrontamento”, é uma publicação resultante do incansável esforço de recolha documental feito pela mulher de Joaquim, a Tó, e coroado com o precioso trabalho final executado pela Diana Andringa, dando-nos uma obra onde impera o rigor.
Numerosos documentos ilustram a porfiada luta de Joaquim Pinto de Andrade pela independência e dignidade do povo angolano, nomeadamente o corajoso combate contra a tenebrosa polícia do regime salazarista, a PIDE, e depois pela democracia no seio do MPLA e em Angola. Discursos, cartas e comunicações do Joaquim aqui publicados revelam a sua erudição e cultura (Joaquim Pinto de Andrade, padre quando foi preso, era formado em Filosofia e Teologia, dominava sete línguas: latim, italiano, francês, inglês, alemão, kimbundu e português).
Nesta obra de cuidada edição: Joaquim Pinto de Andrade – uma quase autobiografia, acompanhamos o exaltante percurso deste nacionalista angolano, um humanista e incansável combatente da liberdade, que tem craveira universal, mas que está pouco presente na historiografia angolana e é ignorado ou minimizado pelas várias histórias oficiais: a do MPLA e a de Angola.
Áudio 158 – Isabél Zuaa sobre ser atriz negra
“O maior talento é permanecer nesse meio que é tão hostil para corpos que são diferentes (…) Nós somos diferentes e temos que assumir essa diferença sem constrangimentos.” (Isabél Zuaa)
Isabél Zuaa nasceu de uma mãe angolana e de um pai da Guiné-Bissau em Lisboa. Foi aqui que iniciou a carreira de atriz e bailarina e foi para o Brasil para alargar os seus horizontes e aprofundar a sua formação. Integrou-se no grupo de Gustavo Ciriaco e, no cinema, como coprotagonista do filme Joaquim. Aqui em Portugal faz parte do elenco da peça de teatro Moçambique , de Jorge Andrade, que ganhou o prémio de “Melhor Espectáculo”, da Sociedade Portuguesa de Autores e foi nomeada para os Globos de Ouro.
Áudio 149 – Macfeel – Um Músico Angolano A Viver Na África Do Sul
Macfeel, músico angolano a viver na África do Sul, fala-nos da riqueza musical e cultural do continente africano.
Áudio 140 – Festival Musidanças Apresentado Por Firmino Pascoal
Áudio 129 – Canal Yolanda Tati
Lifestyle, carreira e empreendedorismo são apenas alguns dos temas que podemos ver desenvolvidos no novo Canal do Youtube Yolanda Tati. O seu vídeo, “Mulheres negras com diploma”, chamou a nossa atenção por partilhar experiências suas, como mulher negra com diploma, mas também por analisar situações, descritas nos media, vividas por mulheres como ela.
Yolanda tem várias facetas e uma delas é a de empresária afrolisboeta com a Tête-À-Tête JazzGuest House – “uma guesthouse [que] tem uma filosofia ecológica e pretende ser uma junção entre uma hospedaria domiciliar, um clube de jazz e um restaurante de comida saudável!” Todas as facetas de Yolanda convergem numa mulher que acredita na força da determinação e da partilha do conhecimento para a construção de um mundo melhor.
Áudio 128 – Exposição Bantumen: a participação de Piera Moreau
A Bantumen, apresenta-se como a primeira revista masculina online, dedicada à comunidade africana de língua oficial portuguesa, que dá a conhecer tendências de lifestyle e entretenimento. Esta publicação vai realizar uma exposição de 3 a 5 de Novembro, que vai fundir, no mesmo espaço, arte plástica, fotografia e música. O evento vai acontecer, aqui em Lisboa, na Casa de Angola, em parceria com a FUBA (especialista em curadoria, dedicada a artistas africanos) e a BC (empresa de organização de eventos).
A nossa convidada de hoje, Piera Moreau, é uma das artistas plásticas angolanas convidadas.
Áudio 120 – Sobre o “Afro Lisboa”, filme realizado por Ariel de Bigault
Ariel de Bigault e francesa e foi precursora da divulgação das ‘culturas chamadas lusófonas’, E uma agente cultural, investigadora e documentarista. Dois dos seus filmes chamaram-nos a atenção, o Afro Lisboa e o Margem Atlântica. Na entrevista de hoje falamos sobre estes trabalhos, que mostram que a luta por um espaço na cena cultural portuguesa, por parte de afrodescendentes, já vem de há muito.
Áudio 104 – Teresona: Rap no feminino
Hoje falamos de rap no feminino com Teresona (Teresa Mendes), organizadora de eventos, viciada em música e rapper. Gosta da sua zona, a linha de Sintra, e reconhece que não e fácil ser mulher num mundo tão masculino (mundo do rap) mas quer fazer mais e melhor.
Áudio 96 – Funge Com Cachupa Em Som (Vado e Angolano)
Vado (20), português de origens cabo-verdianas, vive na Damaia e Angolano (21), nascido em Angola, vive no Vale da Amoreira. São dois jovens que fazem música (rap, kizomba, kuduro) há mais de 5 anos e que têm um nome forte nas redes sociais onde divulgam o seu trabalho. Nesta semana de Carnaval, a dupla lançou o som “Não deixa cair a máscara”, no estilo musical Afro Trap (Kuduro e Rap). A produção é de Katana, conhecido produtor que já trabalhou com vários músicos e grupos como o Janelo dos Kussondulola.